quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Apresentação

Este blog denominado "A Literatura Humaniza" foi criado por alunas do curso de letras da UFPI-Picos, a partir da iniciativa da professora Cristiane Pinheiro, onde a mesma diante da era digital, resolve trabalhar os acontecimentos e fatos históricos presentes na literatura, unindo-os à atualidade por meio da criação dos blogs
A professora lançou a semente que é o principio de tudo, porém coube aos alunos fazer com que a partir da semente os frutos viessem.
Dessa forma os alunos não excluem a importância da literatura, mas sim entra em contato com novos caminhos, novas metodologias.

Fotos da Equipe

Alunos do quarto bloco

A professora Cristiane e a nossa equipe Alunos do quarto bloco

Alunos do quarto bloco


Professora Cristiane



Dgiole


Nossa equipe

Simone

Aluna Cristiane

Ronilsa

Dgiole


Frases de Machado de Assis

VANGUARDAS E MODERNISMO (EUROPA E BRASIL)

A Literatura no Romantismo

EFERVESCÊNCIA CULTURAL NA DITADURA MILITAR

CRISTIANE LEAL ALMONDES¹

[...] De que me vale.
Ser filho da Santa
Melhor seria
Ser filho da outra
Outra realidade
Menos morta
Tanta mentira
Tanta força bruta...
Pai! Afasta de mim
Esse cálice [...]
(Chico Buarque)


Resumo: O período da Ditadura Militar, no Brasil, foi marcado por uma intensa efervescência cultural. Neste período, que foi de 1964 à 1985, os militares tornaram o poder e implantaram o autoritarismo que impediria a liberdade de imprensa. A partir daí escrevo sobre os romances que floresceram no período da ditadura, esses que por sua vez estavam “livres” da censura. E também outros meios culturais que se sobressaíram.

Palavras – chave: Ditadura Militar, Efervescência cultural, romances.

Introdução: No Brasil, as décadas de 1960 e 1980 foram marcadas por governos ditatoriais que, com seu autoritarismo, impediram, através do Ato Institucional nº 5 a liberdade de imprensa, bloqueando os meios de comunicação, como rádio, televisão, jornal, revista etc.
No entanto, a literatura, o cinema, a música não deixaram de florescer, havendo assim uma resposta por parte dos meios culturais ao autoritarismo militar.

EFERVESCÊNCIA CULTURAL NA DITADURA MILITAR

A Ditadura Militar foi a tomada do poder no Brasil por militares, através do golpe de 1964. O autoritarismo tomou conta do país e com a decretação do Ato Institucional nº 5, no governo de Costa e Silva, foi impedida a liberdade de imprensa e bloqueados os meios de comunicação, tornando-se difícil a reivindicação contra a forma de governo, pois aqueles que se opunham a essa situação eram perseguidos, torturados, exilados, ou até mesmo mortos pelo governo.

No entanto, nessa época floresceram os romances que, por sua vez estavam “livres” da censura. Segundo Malcolm Silvermam (2000,p. ), no seu livro Protesto e o novo romance brasileiro:

Reconhecidamente, a influencia do escritor sobre a opinião publica era minguada e insignificante. Já se calculou que me todo Brasil, há apenas sessenta mil leitores de ficção, ao menos do que 0,05% da população!

Como no Brasil, são poucos os leitores de ficção, o governo não censurava os romances como aos outros meios de comunicação. Assim, esses floresceram nessa época, apesar de existir marca da influência da repressão nesses romances.

Malcolm Silvermam dividiu em nove estes romances: O romance jornalístico; romance memorial; romance de massificação; romance de costumes urbanos; romance intimista; romance regionalista – histórico, romance realista político; romance da sátira política absurda; romance da sátira política surrealista.

O que é isso, companheiro? , de Fernando Gabeira, por exemplo, foi lançado em 1979, e informa sobre o golpe e os anos da ditadura militar e sobre os movimentos sociais da época.

Esta obra conta também sobre a experiência de Gabeira na luta contra a ditadura, o seqüestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, sua prisão e exílio na Europa.

O que é isso, companheiro? Chegou a ser transformado em filme por Bruno Barreto, e é uma obra que merece destaque na literatura brasileira.

Assim como o que é isso, companheiro? Outros romances destacaram-se como: Quarteto de Copacabana, de Assis Brasil; Tenda dos milagres, de Jorge Amado; Quarup, de Antonio Callado; Zero, de Loyola Brandão etc.

Todas estas obras escritas no período militar mostram o nível da nossa literatura, apesar das influências sofridas pela repressão.
Segundo Malcolm Silvermam: (2000, p. )

Nascido, na maioria de circunstância extraliterárias em rápida transformação, todos os textos foram influenciados pela alternância funesta da repressão e da agitação, relacionada com a profitica divisa positiva de ordem e progresso.

Além dos romances, destacaram-se outras formas de artes; o cinema, como no caso do livro Lamarca, o Capitão da Guerrilha, por Emiliano José e Oldack Miranda, que foi adaptado para o filme Lamarca.

E as músicas como Alegria, Alegria, de Caetano Veloso; Pedro pedreiro, de Buarque; Domingo no parque, de Gilberto Gil; Pra não dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandré.

A música “Alegria, Alegria”, de Caetano Veloso é um bom exemplo do que foi a música brasileira a partir dos anos de 1960:


Caminhando contra o vento
sem lenço e sem documento
num sol de quase dezembro... eu vou
o sol se reparte em crimes espaçonaves
guerrilhas em cordinales bonitas... eu vou.
Em caras de presidentes
em grande beijos de amor
em dentes pernas bandeiras
bomba e Brigitte Bardot .
O sol nas bancas de revistas
Me enche de alegria e preguiça
quem lê tanta noticia ... eu vou... [...]


A música “Alegria, Alegria”, de Caetano Veloso é também de muita importância para o movimento Tropicalista que explodiu no período militar, este movimento cultural foi lançado por Caetano Veloso, juntamente com Gilberto Gil e foi através desse movimento que se revolucionou a MPB (Música Popular Brasileira).

Foi nessa tentativa de revolução contra a ditadura, que Caetano e Gil, foram exilados na Inglaterra.

Assim como Gil e Caetano, outras pessoas, por chocar com as idéias da ditadura, foram presas e exiladas.

No entanto, os meios culturais floresceram, em meio de tantas censuras.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Silvermam, Malcolm. Protesto e o novo romance brasileiro trad: Carlos Araújo, 2ª ed. Rio de Janeiro: civilização brasileira, 2000.

VELOSO,Caetano.Alegria,alegria. In:http://www.google.com.br/search?hl=pt_br&q=alegria%2c=alegria+de+caetano+veloso&meta=

BUARQUE, Chico. Cálice. In:
http://www.google.com.br/search?hl=pt_br&q=c%c3%alice+de+chico+buarque&meta=
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1. Aluna do curso de letras, da Universidade Federal do Piauí,Campos de Picos - PI. ­­­­­­­­­­­

domingo, 23 de novembro de 2008

Senhora: Conquista de espaço da mulher do século XIX

Maria Ronilsa de Moura Sousa[1]


Resumo

A construção de Aurélia, no livro Senhora, é um desafio lançando pelo autor José de Alencar a uma sociedade crítica, isso levando em conta a posição onde as mulheres eram postas na sociedade do século XIX, diante dos costumes em que os casamentos aconteciam legitimamente como um mercado matrimonial. Trata-se de um romance romântico publicado no século XIX, denominado romance urbano. O autor caracteriza Aurélia Camargo como uma verdadeira mulher moderna, ou seja, contemporânea.
Palavras-Chaves:

Romantismo, amor, interesse, elevação da mulher.

Antes do desenvolver os detalhes da obra é importante entendermos um pouco do movimento romântico, definido por Antônio Coutinho (1999, p 5) como: “movimento que consistiu numa transformação estética e poética desenvolvida em oposição a tradição neoclássica setecentista, e inspiradas nos modelos medievais (...) traduzido num estilo de vida e de arte que dominou a civilização ocidental”.

É importante observar os fatos ao contexto que contribuíram para a formação do Romantismo no Brasil, como um dos destaques, a prosa literária brasileira que deu início a quase todos os romances importantes no século XIX no Brasil.

José de Alencar destacou-se como o mais importante prosador em nosso Romantismo. Nos seus romances sociais ele revela seu talento, fazendo estudo de certas figuras femininas, dentre as quais vou dar ênfase a Aurélia Camargo (em Senhora). Este artigo tem o objetivo de mostrar como Alencar a constrói. Ela é dotada de uma beleza exuberante e de personalidade de ferro, com uma coragem para enfrentar os preconceitos da época.

O romance narra uma trajetória de vida de mulher que diante das circunstâncias vividas, calcula muito bem suas decisões e não mede esforços para conseguir o que quer. Segundo Afrânio Coutinho (1999, p. 262):

Dentro da boa tradição romântica, as heroínas de Alencar protestam contra o casamento por convivência, fruto de uma sociedade autoritária incompreensiva, da qual era necessário, fugir, evadir-se em busca do mundo íntimo que cada romântico deve levar em si. Esse protesto embora revestido muita vez feito diferente é sempre talhado sob a inspiração do amor ideal, e vale como proclamação dos direitos que tem a mulher ao amor e a liberdade.


Aurélia vive no desenrolar da história, dois estilos de vidas completamente diferentes. Durante a fase da infância e boa parte da adolescência sente na pele a verdadeira pobreza e, de repente, a de ser rica a ponto de não ter que se preocupar com questão de dinheiro até o resto de sua vida.

Toda a história acontece debaixo do céu fluminense, sob pressão de uma sociedade burguesa, tendo como principal característica o interesse. Aurélio Camargo e Fernando Seixas, personagens centrais do romance, ambos têm em comum suas histórias de vida.

Os dois órfãos, de famílias provindas de dinheiro, mas de maneiras diferentes de encarar a vida. Enquanto Seixas apoiado pela família vivia o contraste do ser para o ter, como podemos notar na narrativa, “partilhando com a mãe e os irmãos a pobreza herdada, tinha na sociedade onde parecia sobre si, a representação de um moço rico”. (ALENCAR, 1999, p. 41)

Vivia no luxo pessoal que era privilégio de pousos associava-se a pessoas cultas e trabalhava-se no jornal. Enquanto que Aurélia se conformava com sua vida simples, e preocupava-se com o bem estar da família.



Os arranjos domésticos, mais escassos na casa do pobre, porém de outro lado mais difíceis, o cuidado da roupa, a conta das compras diárias, as contas do Emílio e outros mistires, tomavam-lhe uma parte do dia; a outra porém ia-se em trabalhos de costura. (ALENCAR, 1999, p. 83)



Alencar já iniciou a obra elevando Aurélia como “a mais nova rainha dos bailes da época, a nova estrela fluminense”, (Alencar, 1999 p.17) características que só poderiam vir de um autor romântico, visto que em obras romântica é comum aos autores idealizarem demais seus personagens.

Depois de receber uma herança do avô paterno, Aurélia começa por comprar um marido, Fernandes Seixas, por cem contos, mesmo depois de ter sido trocada quando pobre por outra, Adelaide Amaral que tinha como proposta de dote trinta contos. Seixas tem forte influências na obra, o autor o descreve, no principio, como alguém de personalidade fraca, deixando-se influenciar, além do normal, por luxos, a ponto de não se imaginar sem.



Formou-se pois Seixas nesta convicção que o luxo era não porfia infalível de uma ambição nobre, como o senhor único da felicidade de sua família. Assim dissiparam-se os seus escrúpulos (Alencar, 1999, p. 45)


Aurélia, ao contrario dele, tanto na vida pobre como na rica, é desprendida dos bens materiais. Depois de casados, ela serve de forte influência para que Seixas faça sua mudança.


No quinto dia Seixas apresentou-se na repartição onde foi muito festejado por suas prosperidades. Tomaram os companheiros aquele pronto comparecimento por uma mera visita. Se quando pobre, sua freqüência somente se fazia sentir no livro do ponto agora que estava rico ou quase milionário, com certeza deixaria o emprego ou quando muito o conservaria honorariamente como certos enxertos da Secretária.
Grande foi, pois a surpresa que produziu a assiduidade de Seixas na repartição. Entrava pontualmente às 9 horas da manhã e saia às 3 da tarde; todo esse tempo dedicava ao trabalho, apesar das continuas tentações dos companheiros, não consumia como costumava outrora a maior parte dele na palestra e no fumatório.
(Alencar, 1999, p.131)


E como principal prova do desapego de bens materiais, no desfecho da obra, Aurélia faz um testamento, deixando tudo para o Seixas. E ele mesmo, antes de saber já havia reconhecido toda essa influência que ela havia tido sobre ele.

Aurélia, desde o começo, nunca negou o seu amor a Seixas, e ele, por sua vez, não era diferente dela, apesar de haver nele uma fraqueza quando sentia-se tentado pelo luxo. É interessante observar que ela, mesmo sendo rica, inteligente e linda, poderia casar-se com qualquer rapaz de igual fortuna, mas ao contrario quis o Seixas.

A história dos dois mostra que o amor supera tudo, ela, mesmo com toda riqueza coloca o amor de Seixas como prioridade e sem ele nada lhe serviria as demais coisas.

O desafio pelo autor à sociedade crítica, ante de causar impacto maior só no desfecho da história tudo volta ao seu lugar, o autor organiza os personagens segundo os padrões sociais, enquanto que no decorrer da trama, Aurélia foi colocada de maneira a desafiar a autoridade do homem, até por ser posta ao lado de homens interesseiros.



Convencida que todos os seus inúmeros apaixonados, sem exceção de um, a pretendiam unicamente pela riqueza, Aurélia reagia contra essa afronta aplicando a esses indivíduos o mesmo estalão.
Assim costumava ela indicar o merecimento relativo a cada um dos pretendentes, dando-lhes certo valor monetário. Em linguagem financeira, Aurélia colocava seus adoradores pelo preço que razoavelmente poderiam obter no mercado matrimonial.
(Alencar, 1999, p.19)


Também não teve os melhores exemplos de pai, que foi covarde, não assumindo a família, teve um marido comprado, sem falar no seu irmão Emilio que foi incapaz de segurar o emprego sozinho.


O Emílio, que podia ser o Amparo natural da irmã, quando viesse a faltar-lhe a mãe, não estava infelizmente nas condições de receber o difícil encargo. Ao caráter irresoluto do pai, juntava ele um espírito curto e tardio. Apesar de haver freqüentado os melhores colégios, achava-se aos dezoito anos tão atrasado como um menino de regular inteligência e aplicação aos doze anos. (Alencar, 1999, p.82)


Como conclusão da história, Aurélia ocupa lugar da esposa, de senhora.


- Pois bem, agora ajoelho-me eu a teus pés, Fernando e Suplico-te que aceites meu amor este amor que nunca deixou de ser teu, ainda quando mais cruelmente ofendia-te...
Aquela que te humilhou aqui, tens obtida, no mesmo lugar onde ultrajou-te, nas iras de sua paixão. Aqui a tens implorando seu perdão e feliz por que te adora como senhor de sua alma.
(Alencar, 1999, p.19)


E fica entendido na obra a posição de Seixas como o seu senhor, com as suas respectivas responsabilidades, como ordenava a sociedade da época.



Referências Bibliográficas:

ALENCAR, José de. Senhora. 33 ed. São Paulo: Ática, 1999.

COUTINHO, Afrânio. A literatura no Brasil. 5 ed. São Paulo: Global, 1999.

[1] Aluna do Curso de Licenciatura Plena em Letras. Universidade Federal do Piauí – UFPI, Campus Senador Helvídio Nunes de Barros em Picos-PI.

Mario de Andrade: Seu compromisso com o modernismo

Dgiole Maria da Rocha


Resumo

O modernismo foi um movimento radical onde se romperam todas as estruturas passadistas iniciadas na Europa com multiplicidade de tendências e, no Brasil, pelos modernistas da primeira segunda fase, tendo como enfrentar Mario de Andrade, que buscou na poesia, na musica, no folclore, uma nova linguagem de expressão para a sociedade. Representou o Brasil, com especificidade a cidade de São Paulo, musa inspiradora. Penetrou profundamente através de seu versos na estrutura familiar da burguesia paulistana, sua moral, seus preconceitos, costumes, seus sonhos, a adaptação de povos diferentes à agitação da Paulicéia.

Palavras-Chave
Modernismo, São Paulo, Arte, Tendências.

O presente artigo tem como finalidade mostrar o comprometimento e a participação ativa do poeta Mario de Andrade nas letras literárias. Ele teve uma grande influência e contribuição na renovação das artes e da literatura brasileira desencadeadas pelas novas tendências que preocupavam com uma nova interpretação da realidade.
O modernismo brasileiro teve início com a realização da Semana de Arte Moderna, no teatro municipal de São Paulo, em 1922. Os artistas brasileiros queriam a sociedade a par das novas tendências trazidas pelos europeus que viriam a ter repercussão no Brasil.

Como lugar apropriado, a cidade de São Paulo, para os vanguardistas nacionais seria o lugar ideal para exporem suas idéias, por conta do grande desenvolvimento industrial, por ser uma cidade moderna que acolhia imigrantes de todos os países e gerava emprego e renda para o país.

Ninguém melhor que Mário de Andrade, paulistano por excelência, para representar a Semana de Arte Moderna, que foi um movimento artístico, político e social.

A Semana de Arte Moderna foi um processo que buscava atualização das artes, onde as características principais: utilizava de versos livres, a valorização da linguagem coloquial, valorização das artes, do cotidiano, uso do humor (poema-piada), dentre outras.

Mario de Andrade, como principal representante da primeira fase do modernismo, dedicou-se de corpo e alma para o grande número de atividades culturais, empenhando-se a atender a realidade brasileira. Poeta, romancista, crítico de arte, professor, ensaísta brasileiro, folclorista, musicólogo, nasceu em São Paulo e permaneceu durante quase toda sua vida. Seu primeiro livro foi Há uma gota de sangue em cada poema, este, por sua vez, tem características da identidade brasileira e também retrata a primeira guerra mundial.

Em Paulicéia desvairada, podemos perceber o grande amor que Mário tem com a cidade de São Paulo, na qual ele busca inspiração.


São Paulo comoção de minha vida...
Os meus amores são flores feitas de original...
Arlequinal!... Traje de losangos... Cinza e ouro
(ANDRADE, ano, p.36).


Como podemos perceber, Mário de Andrade, usava sempre uma linguagem que se aproximava do falar do povo, deu grande importância para o folclore. Em seus romances e contos criticas a alta burguesia e a aristocracia.

Mário de Andrade, porém desde o início de sua carreira de escritos, consegue separar bem as áreas. Se por um lado é pesquisador musical responsável que busca o registro fiel, por outro, é criador culto que, visando ao nacionalismo (no início ainda bem definido em termos de programa), recria casos que lhe vieram da narrativa oral (desde 1918), ou constrói sua poesia com a presença de elementos populares (LOPES, 1983, pág.15).


Portanto Mário de Andrade fez parte de um movimento rico em manifestos e revistas de vida efêmera: onde os grupos buscavam uma definição. Rompendo com todas as estruturas do passado, caráter anárquico e forte sentido destruidor, assim definiu Mário de Andrade. Segundo Lafetá (1939, p.01), o mais curioso e admirável da obra de Mário de Andrade é a sua diversidade de interesse, a aplicação que ele fez de seu talento e de sua inteligência e os vários campos de pesquisa e de criatividade, partindo da ficção, poesia, ensaios literários, música, folclore, artes plásticas, não esquecendo o jornalismo mais livre das crônicas, registros de viagem, a atuação direta do poeta nos acontecimentos.


Referências Bibliográficas
ANDRADE, Mário de. De Paulicéia Desvairada a Café:(poesias completas). São Paulo: Circulo do Livro, s/d.
Lopes, Telê Porto Ancona. Mário de Andrade. In: O Turista Aprendiz. São Paulo, 1983, Livraria duas cidades LTDA. 2ª edição.

Lafetá, João Luís. Imagens na Poesia de Mário de Andrade. In: Figuração da Intimidade. São Paulo, 1939, pág.01.


* Aluna do curso Licenciatura Plena em Letras. Universidade Federal do Piauí – UFPI, Campus Senador Helvídio Nunes de Barros em Picos-PI

EXPRESSIONISMO: O SUBJETIVISMO DA EXPRESSÃO

Maria Edinalva Araújo Luz



Resumo: Este artigo visa descrever o movimento chamado de Expressionismo, que surgiu na Alemanha, mas teve seus ideais difundidos por vários países. Era a arte que priorizava o mundo como ele realmente é visto, descrevendo as mazelas da Primeira Guerra Mundial. No Brasil tivemos alguns representantes como a Anita Malfatti e Nelson Rodrigues que traz a arte para as peças teatrais.
Palavras-chaves: Expressionismo, subjetividade, realidade.



O Expressionismo surgiu como uma oposição ao que era pregado pelo Impressionismo. Teve início no século XIX e suas características apontavam para a subjetividade. Neste movimento, o artista não quer apenas absorver o mundo, mas recriá-lo com toda veracidade, enfatizando o subjetivismo da expressão.


O primeiro local em que surgiu o movimento foi na Alemanha em pleno período da guerra. Os expressionistas não davam atenção à questão do belo ou do feio, o importante era o registro das expressões do mundo. Segundo Samira Youssef: (1995, p. 53),


A arte criada sob o impacto do sofrimento humano. Muitos dos expressionistas foram estimulados por várias formas de exotismo, como a arte primitiva e popular: máscaras e estatuas da Oceania, esculturas da África e da América pré-colombiana. A representação dos horrores da guerra foi também uma tendência da arte expressionista.


As obras do Expressionismo mostram o estado psicológico e as denúncias sociais de um território devastado pela guerra e por pessoas desesperançosas, que não acreditavam que o mundo podia oferecer algo de bom futuramente.


Na arte dos Expressionistas as cores eram irreais e davam forma plástica a sentimentos como o amor, ciúme, medo, solidão, miséria humana, à prostituição, ou seja, deforma-se a figura para que a realidade se torne mais concreta.


Este movimento também teve seu caráter social, pois eles tomavam atitudes que valorizavam a vida humana, já que naquele momento isto não interessava às autoridades, que estavam preocupadas apenas em vencer a guerra, ainda que a isto tivesse muitas vidas ceifadas.


Não só na pintura, mas o Expressionismo também teve repercussão na Literatura, cinema e teatro. Na Literatura há algumas obras que descrevem a crise de consciência que pairava sobre a sociedade antes e depois da Primeira Guerra Mundial.


Outro fator importante do movimento é o surgimento, na década de quarenta, do “Expressionismo abstrato”, que foi criado em New York por pintores como Pollock, Kooning e Pothko. Os estilos eram diversificados e buscavam a libertação dos padrões estéticos que dominavam a arte norte-americana.


Foram formados dois grupos influentes dos expressionistas, o Die Briicke em 1905 e o Der Blaue Reiter em 1911. Como esta era uma arte individualista e subjetiva, que expressava naturezas isoladas e místicas, esses grupos funcionavam apenas como uma forma de divulgação da arte expressionista.


No Brasil, o movimento também teve sua importância. Candido Portinari destacou-se nas artes plásticas, em que mostrava nas suas telas a migração dos nordestinos para a cidade grande em busca de melhorias para suas vidas. Nelson Rodrigues destaca-se nas peças teatrais. Uma figura feminina também teve sua importância. Segundo Youssef (1995, p.53), “Anita Malfatti, pintora paulista, trouxe o Expressionismo para o Brasil a partir de 1914, quando retornou da Alemanha, onde estagiou na Escola de Belas Artes de Berlim”.


“O Farol” foi uma de suas mais importantes obras. Nela havia a deformação da realidade, uma extroversão formal explosiva.



(O Farol, de Anita Malfatti, 1914)




Outras características importantes do Expressionismo foram a pesquisa no domínio psicológico, uso de cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas; dinamismo improvisado, abrupto, inesperado; pasta grossa, martelada áspera; técnicas violentas, em que o pincel ou espátula vai e vem, fazendo e refazendo, empastando ou provocando explosões; preferência pelo patético, trágico e sombrio.


Assim como o Cubismo, o nome Expressionismo não foi inventado pelos artistas, mas floresceu na Literatura e nas resenhas críticas das exposições então em curso. Segundo Shulamilh Behr (200, p. 6),


O Expressionismo não constituiu um estilo ou movimento coerentes; artistas e grupos estavam dispersos e possuíam background e formação diferentes. Além disso, o status profissional dos artistas sofreu profundas transformações nos últimos dez anos do século XIX, com a rejeição às práticas tradicionais, nas academias do Estado, em favor dos ateliês de mentores progressistas e já estabelecidos. Também as mulheres artistas, excluídas das academias buscaram orientações nas esferas privadas.





Portanto, o Expressionismo foi um movimento que rompeu com a arte que não retratava a realidade, trazendo assim, a denúncia da realidade através de suas obras, expressando o mundo “da forma como ele é”.





Referências Bibliográficas



BEHR, Shulamith. Expressionismo. São Paulo: COSAC & NAIF Edições, 2000.


YOUSSEF, Samira. Literatura, história e texto. São Paulo: Saraiva, 1995.


http://www.historiadaarte.com.br/ (Autoras: Simone R. Martins e Margaret H. Imbroisi)

LUCÍOLA: O AMOR COMO FORÇA REDENTORA

Maria Simone Araújo Luz


RESUMO

José Martiniano de Alencar é um ícone para grandes reflexões sobre a cultura brasileira, em especial a do século XIX e, ao tratar a questão da prostituta, em Lucíola, revelou alguns aspectos da vida urbana, dando ênfase aos aspectos relacionados à sociedade e seus preconceitos e, ao amor como instrumento de redenção.

PALAVRAS-CHAVE

Prostituta – preconceito – sociedade – amor

INTRODUÇÃO

O presente artigo aborda a questão da prostituição, em Lucíola, e os artifícios utilizados por Alencar, ao moldar uma prostituta como protagonista, tendo em vista o modelo de sociedade que era regida pelo sistema patriarcal, com valores restritos voltados apenas para os interesses masculinos e pela igreja católica, a qual pregava que o sexo só deverá acontecer dentro do casamento.

LUCIOLA: O AMOR COMO FORÇA REDENTORA

A obra Lucíola insere-se no romance urbano, visto que José de Alencar apresenta uma forte percepção da realidade social e, como afirma Afrânio Coutinho (1999, p. 261) “a intriga desses romances, como é natural, gira em torno do problema do amor; ou, para ser mais exato, em torno da situação familiar da mulher, em face do casamento e do amor”.
No caso de Lucíola, percebe-se que a obra gira em torno do amor que Paulo sente por Lúcia desde a primeira vez que a vê:

Admirei-lhe do primeiro olhar um talhe esbelto e de suprema elegância. O vestido que o moldava era cinzento com orlas de veludo castanho [...]. Ressumbrava na sua muda contemporânea doce melancia e não sei que laivos de tão ingênua castidade, que o meu olhar repousou calmo e sereno na mimosa aparição. (ALENCAR, 2005, p. 08.)

Mas a posição da sociedade diante da figura de Lúcia é cruel e preconceituosa:

Essas borboletas são como as outras, Paulo, quando lhes dão asas, voam, e é bem difícil então apanhá-las. O verdadeiro, acredita-me, é deixá-las arrastarem-se pelo chão no estado de larvas. A Lúcia é a mais alegre companheira que pode haver por uma noite, ou mesmo alguns dias de extravagância. (ALENCAR, 2005, p. 13).

Com esse fragmento fica perceptível as intenções que a sociedade tem para com as prostitutas, fica claro que para essa sociedade os homens não devem levar a sério nenhuma cortesã, deve apenas usá-las por uma noite, ou alguns dias, como se elas não fossem capazes de amar verdadeiramente.
Tendo em vista estes aspectos, Alencar conseguiu dar um salto bem importante ao permitir que uma prostituta tivesse o direito de amar e ser amada, e, é importante salientar que a idealização romântica é o traço principal que insere esse grande autor na prosa romanesca. Conforme assinala Alfredo Bosi (1994, p. 139),

Alencar crê nas razões do coração, e, se as sombras do seu moralismo romântico se alongam sobre as mazelas de um mundo antinatural (o casamento por dinheiro em Senhora; a sina da prostituição em Lucíola), sempre se salva no foro íntimo, a dignidade última dos protagonistas, e se redimem a transações vis respondo de pé herói e heroína.

Quando Lúcia conta para Paulo como ela entrou naquela vida, percebe-se que foram as circunstâncias que a colocaram naquela situação, fruto de uma sociedade incapaz de perdoar um ato impensado, considerando impura a mulher que tivesse relação antes do casamento, onde o pai ao tomar conhecimento da forma como Lúcia adquiriu o dinheiro expulsa-a.

A minha felicidade estava destruída; cuidei que não havia maior infâmia do que a minha. Resolvi viver para tranqüilidade e ventura de uma família inocente da minha culpa. Quinze dias depois de expulsa por meu era pai o que fui. (ALENCAR, 2005, p. 77).

A sociedade julga as prostitutas e, muitas vezes julga erroneamente, não procuram saber as conseqüências que levaram elas a praticarem certas atitudes, em vez de estender a mão e guiar depois de um ato impensado, lança as mesmas para o precipício, a fim de conservar a moral e a dignidade da família, como fez o pai de Lúcia.

Por isso, José de Alencar não se limitou aos valores da sociedade e mesmo denunciando os sentimentos de repúdio que a sociedade tem para com as prostitutas, ele coroa uma cortesã como uma heroína bem ao gosto romântico, protagonista essa que muda de comportamento para viver feliz ao lado de Paulo e torna-se dependente do amor de Paulo e quando estava morrendo devido o fruto do amor dos dois diz:

- Tu me purificaste ungindo-me com os teus lábios. Tu me santificaste com o teu primeiro olhar! Nesse momento Deus sorriu e o consócio de nossas almas se fez no seio do Criador. Fui tua esposa no céu! E contudo essa palavra divina do amor, minha boca não a devia profanar, enquanto viva. Ela será meu último suspiro (ALENCAR, 2005, p. 87).

Por conseqüência do amor, Lúcia morreu, no entanto, foi esse amor que permitiu a redenção da mesma.
No final da narrativa, Paulo diz sentir falta de Lúcia.

Há seis anos que ela me deixou, mas eu recebi a sua alma, que me acompanhará eternamente. Tenho-a tão viva e presente no meu coração, como se ainda a visse reclinar-se meiga para mim. Há dias no ano e horas no dia que ela sagrou com a sua memória, e lhe pertence exclusivamente. (ALENCAR, 2005, P. 88).

Esse fragmento é a prova inequívoca que Paulo amou Lúcia, e é esse amor almejado pelos românticos, um amor que não se esgota com a distância, com o preconceito e até mesmo com a morte, pois embora ele não veja Lúcia, mas a lembrança dela permanece viva em seu coração.

CONCLUSÃO

Sob essa visão alencariana de crítica às contradições da sociedade e do ser humano, constrói-se a figura da protagonista do romance Lucíola, mas o perfil de mulher encontrado na obra não é aceito pela sociedade vigente, sendo assim, a morte da personagem Lúcia foi a solução encontrada por Alencar para que a mesma pudesse obter a redenção.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALENCAR, José de: Lucíola. São Paulo: DCL, 2005.

BOSI, Alfredo. História concisa da Literatura Brasileira. 34. Ed. São Paulo: Cultrix, 1994.

COUTINHO, Afrânio. A Literatura no Brasil. 5 ed. São Paulo: Global, 1999.

ROMANTISMO: UMA ABORDAGEM DA ÉPOCA

Dgiole Maria da Rocha
Cristiane Leal Almondes
Maria Edinalva Araújo Luz
Maria Ronilsa de Moura Sousa
Maria Simone Araújo Luz


RESUMO

O Romantismo, enquanto estilo de época, insere-se num contexto de grandes transformações econômicas, sociais e políticas ocorridas entre os séculos XVIII e XIX, por isso, o Romantismo não foi só um movimento literário, foi também uma expressão total de espírito, marcado por contradições, mas que tinha em comum o desejo de liberdade.

PALAVRAS-CHAVE
Romantismo, transformações, contradições, liberdade.

I- INTRODUÇÃO

A época representada culturalmente pelo Romantismo, do fim do século XVIII até meados do século XIX, é o resultado das grandes transformações que vinham ocorrendo desde o início do século XVIII. A arte desse período está ligada a alguns acontecimentos históricos: à Revolução Industrial, à Revolução Francesa, à vinda da família real portuguesa para a Colônia brasileira, à crise do Absolutismo que cedeu lugar ao Iluminismo e ao liberalismo (capacidade individual do homem).

II- ROMANTISMO: UMA ABORDAGEM DA ÉPOCA

O Romantismo deve ser compreendido através dessas grandes transformações históricas, por isso esse movimento sofreu variações de tendências, que seria inútil generalizar as diversidades existentes no movimento romântico, já que o mesmo seria de certa forma uma resposta ao quadro histórico formado na Europa no final do século XVIII, contribuindo assim para compreensões muito diferenciadas como afirma Massaud Moisés. ( 1997, p. 116).

Mais do que qualquer outro movimento estético, é impossível dizê-lo em poucas palavras, 1) porque seu contorno, extremamente irregular e movediço, abarca não raro tendências extraordinária ou contratantes, 2) porque corresponde a muito mais do que uma revolução literária: sendo mais uma nova maneira de enfrentar os problemas da vida e do pensamento, implica uma profunda metamorfose, uma verdadeira revolução histórico-cultural.

A época de desenvolvimento do Romantismo estava norteada por grandes sugestões revolucionárias e por grandes transformações que marcaram a Europa e a América, daí surgiu um sentimento de desajuste, pois o tema central dessa estética foi a busca da liberdade individual em relação ao poder dominante da aristocracia.

Nesse ângulo, temos a ascensão da burguesia e de seus valores que eram a liberdade individual e o liberalismo, no entanto, logo surge a insatisfação com o cotidiano da vida burguesa, que gerou um sentimento de revolta expresso pela arte romântica, pois os artistas tinham no espírito que apesar de tantas mudanças ocorridas, a realidade continuava mais ou menos do mesmo jeito.

Essas mudanças variam de um local para outro, visto que elas estavam relacionadas às transformações sócio-históricas que vinham acontecendo em grande parte do mundo.

No Brasil, podemos perceber grandes mudanças a partir da chegada da família real em 1808, onde o Rio de Janeiro passa por um processo de urbanização, tornando-se um campo propício à divulgação das novas tendências européias.

Em 1922, o momento brasileiro é o da nossa independência, por isso os autores literários, de início, expressavam um sentimento de nacionalismo para obter reconhecimento perante outras nações.



Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrela,
Nossas várzeas têm mais flores
Nossas flores têm mais vida.
Nossa vida mais amores.
[...]
(Gonçalves Dias, 1944, p.21)



No entanto, esse acreditar nas melhorias que ia acontecer nos países que estavam fazendo sua luta de libertação nacional, ficou apenas no plano ideológico dos artistas da época, e ao perceberem que muito pouco haveria mudado, surgiu um mal-estar e um sentimento de descrença.


Essas características coincidem com a literatura brasileira da segunda geração romântica, onde a arte de então estava carregada de pessimismo, dúvida, valorização da morte.



Quando em meu peito rebentar-se a fibra
Que o espírito, enlaça à dor vivente,
Não derramem pro mim nem uma lágrima
Em pálpebra demente.

E nem desfolhem na matéria impura
A flor do vale que adormece o vento:
Não quero que uma nota de alegria
Se cale por meu triste passamento.

Eu deixo a vida como deixo o tédio
Do deserto, o poento caminheiro.
- Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro;
[...]
(AZEVEDO, 1963, p. 144).


Nesta estética, a subjetividade dos artistas prevalecia, por isso eles expressavam seus sentimentos a partir das suas sensações, o que os tornam egocêntricos, em razão disso, temos um movimento cheio de contradições.

III- CONCLUSÃO

Eu suma, o Romantismo, a princípio, deve ser entendido como um desejo de auto determinação, onde o artista mostra seus sentimentos de uma forma pessoal e que muitas vezes se aproxima da fantasia, pois muitos de seus ideais estavam apenas no plano ideológico e, quando ele se questiona a respeito do estado das coisas que o cerca, surge um romântico com profunda depressão, daí dizer que o movimento romântico abarca tendências contraditórias, pois apresenta características inusitadas, e uma evolução no comportamento do artista da época.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZEVEDO, Álvares de. In: Poesia do Brasil (seleção de Manual Bandeira). Rio de Janeiro, Editora do Autor, 1963).

BOSI, Alfredo. História concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1994.

DIAS, Gonçalves, In: Obras poéticas de Antônio Gonçalves Dias. São Paulo: Nacional, 1944.

MOISES, Massaud. A Literatura Portuguesa. 31 ed. São Paulo: Cultrix, 1997.

sábado, 15 de novembro de 2008

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